A Polícia Militar de Itabuna prendeu na tarde deste domingo (16) o
jornalista Ederivaldo Benedito Santos sob acusação de desacato a autoridade. A
detenção ocorreu no circuito da 8ª Parada Gay realizada nas Avenidas Aziz Maron
e Mário Padre, no momento de uma abordagem policial a dois jovens suspeitos.
De acordo com Bené, como é conhecido o profissional de imprensa, ele foi
algemado e lançado numa viatura por ter fotografado a ação dos policiais aos
dois rapazes. “Eu apenas tirei uma foto da abordagem policial numa distância de
10 metros, logo depois a polícia exigiu que eu apagasse a foto, como não os
obedeci, fui algemado”, explica.
Benè, ainda ressaltou que, em nenhum momento se dirigiu aos policiais e
nem os agrediu verbalmente. “Apenas disse a eles, que a minha prisão era
arbitrária”, recorda.
O jornalista foi conduzido para a delegacia numa viatura algemado e
prestou depoimento ao delegado de plantão Marlos Macedo. Bené estava durante
todo momento acompanhado do Presidente do Stert (Sindicato dos Radialistas)
Frankvaldo Lima, o Presidente da OAB/Itabuna (Ordem dos Advogados) Andirley
Nascimento, colegas e a família.
Ao sair do Complexo Policial Bené chorou ao conversar durante uma
conversa pelo telefone. “Nunca pensei em passar por isso, minha filha me vendo
preso”, lamenta.
O outro lado
Segundo a PM, em depoimento ao delegado de plantão, o conduzido estaria
“atrapalhando” o andamento da abordagem. “Ele estava muito próximo quando
abordamos os rapazes, pedimos para ele sair, ele disse que não ia sair dessa
porra”, lembra.
Ainda em depoimento, a polícia revela que, o jornalista, não portava
nenhuma identificação para se manifestar como profissional de imprensa.
Por fim, a outra versão da PM é, ao “solicitar que ele saísse da
localidade, Bené levantou os dois punhos, simulando que iria partir para a
briga”. Nesse momento, os policiais afirmam que deram voz de prisão e houve
resistência.
Foto: Pedro Augusto
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