PORTO SEGURO - Na manhã deste sábado (13), a equipe do PAT Ecosmar,
durante o monitoramento diário no povoado de Mogiquiçaba (localizado na APA
Santo Antônio, no município de Belmonte), encontrou, de uma só vez, na mesma
rede do tipo “caçoeira” (usualmente utilizada em alto mar), oito tartarugas
marinhas, sendo seis delas já mortas. As duas ainda vivas foram reanimadas e
soltas na hora.
Na quinta-feira (11), no distrito do Guaiú (localizado na APA Santo Antônio, no
município de Santa Cruz Cabrália), já tinham sido encontrados os restos de
quatro tartarugas marinhas, esquartejadas na praia.
Terça-feira (9), foram roubados os ovos do primeiro ninho de tartaruga marinha
na praia do povoado e no dia 25 do mês passado um filhote de baleia-jubarte
(que como foi detectado na necropsia apresentava extensos hematomas na cabeça),
foi também esquartejado na praia.
No Guaiú não faltam alternativas para substituir a pesca predatória: pescadores
e marisqueiras são beneficiados pelo projeto “Pescando com redes 3G”,
patrocinado pela Qualcomm e que já tem capacidade para produzir cerca de 2.000
ostras por mês. Em breve, com recursos de uma compensação ambiental, será
também construído um píer para os pescadores do povoado.
Ao longo de 12 anos de monitoramento nas praias e de atividades de educação
ambiental, a ong PAT ECOSMAR tem registrado uma significativa diminuição desse
tipo de crimes ambientais, mas parece que ainda tem quem persiste na pesca
predatória dos quelônios marinhos (cujas espécies são ameaçadas de extinção),
inclusive dentro de uma Unidade de Conservação (a Área de Proteção Ambiental de
Santo Antônio).
Informes sobre os crimes serão enviados aos órgãos competentes pela
fiscalização (INEMA, IBAMA, CIPA, PM, CAEMA e SEMA) e ao Ministério Público.
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