Homens executados na praça da Piedade moravam em Manaus e tinham envolvimento com tráfico

Polícia divulgou imagem de suspeito fugindo com arma na mão.

Os dois homens que foram assassinados na na Praça da Piedade no começo da tarde desta quarta-feira (8) moravam Manaus, no Amazonas, e foram executados em um crime premeditado, acredita a Polícia Civil - um deles era natural de Manaus e outro de Feira de Santana. Imagens do suspeito de cometer o duplo homicídio, um homem magro, usando uma camiseta preta, foram divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Paulo Roberto Carvalho Lima, 51, e João Soledade da Silva, 37, foram mortos a tiros. Uma vendedora de chips que trabalhava na praça acabou sendo baleada - Quésia Gregório Barbosa, 25 anos, foi socorrida para o Hospital Geral do Estado (HGE) e já recebeu alta.

Para o delegado Jorge Figueiredo, do Departamento de Homicídio de Proteção à Pessoa (DHPP), o assassino aproveitou uma oportunidade para matar os dois homens. Em coletiva, ele disse que as vítimas tinham envolvimento com tráfico de drogas e tinham passagem por isso na polícia.

À esquerda, de blusa preta, o suspeito, que fugiu correndo após atirar

"(O assassino) aproveitou a oportunidade e executou as duas pessoas", disse Jorge Figueiredo. Ele falou ainda que "talvez (o suspeito) seja uma pessoa que desconheça a capital baiana" e, por isso, teria levado adiante o crime em uma das praças mais movimentadas da cidade, próximo a um posto da Polícia Militar e à sede da Polícia Civil. Ele também disse que o suspeito podia saber que o prédio da PC na região é administrativo e, por isso, não tenha se sentido intimidado.

O delegado também disse que "havia algum interesse" na viagem dos dois de Manaus para Salvador.

Uma câmera de segurança flagrou o suspeito fugindo correndo com uma arma na arma - seria um revólver calibre 38. Ele ainda não foi localizado.

A Polícia Federal, que prendeu João Soledade por tráfico de drogas em 2010, também participa da investigação, segundo a Polícia Civil.

Multidão acompanhou a retirada dos corpos da praça (Foto: Tayse Argôlo/CORREIO)