Uma foto feita
pela fotógrafa e ativista bengalesa Taslima Akhter que mostra duas
vítimas abraçadas entre os escombros do prédio que desabou no mês
passado em Savar, perto de Dacca, em Bangladesh, ganhou destaque
mundial, em meio ao acidente que deixou mais de 800 mortos e que é
considerado a maior tragédia da indústria têxtil do país.
Taslima disse
em uma entrevista à revista "Time" que muitas pessoas têm lhe perguntado
sobre a imagem do casal morto abraçado em meio aos escombros. No
entanto ela diz não saber quem são. “Eu não sei quem são ou qual a
relação entre eles", afirmou ela, que tentou descobrir a identidade do
casal, mas não teve êxito.
Nesta
quarta-feira (8), Familiares ainda tentam identificar os corpos das
vítimas, muitos deles em avançado estado de decomposição.
"O balanço
agora é de 803 mortos, dos quais 790 correspondem a vítimas encontradas
nas ruínas e 13 feridos que faleceram nos hospitais", disse à AFP o
tenente Mir Rabbi, porta-voz militar.
A polícia de
Bangladesh prendeu 12 pessoas, incluindo o proprietário do edifício e
quatro pessoas responsáveis pelas fábricas, por terem forçados os
trabalhadores a permanecer no local apesar das rachaduras constatadas no
imóvel um dia antes da tragédia.O edifício, que tinha cinco unidades de
confecção, desabou no dia 24 de abril quando quase 3 mil pessoas
trabalhavam no local.
Bangladesh fechou 18 fábricas têxteis por motivos de segurança, anunciou o ministro da Indústria Têxtil, Abdul Latif Sidique.
Dezesseis fábricas foram fechadas em Dacca e duas em Chittagong, a segunda maior cidade do país, explicou Sidique.
Pelo temor de
que as marcas ocidentais troquem os fornecedores, o governo anunciou na
segunda-feira uma comissão de investigação para inspecionar as quase
4.500 fábricas têxteis.
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