terça-feira, 19 de abril de 2011

Termina operação policial na Rocinha


A operação da policia Civil iniciada pela manhã na Favela da Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, terminou na tarde desta terça-feira (19). No total, 11 pessoas foram presas. De acordo com o subchefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, as quase três toneladas de maconha apreendidas foram levadas para o Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) dentro de um micro-ônibus.
O comércio e o trânsito funcionaram normalmente durante a operação na comunidade.
As primeiras informações davam conta de que a operação visava cumprir 30 mandados de prisão. De acordo com Veloso, foram expedidos 22 mandados de prisão. Desses, quatro foram cumpridos. As outras prisões foram em flagrante. Entre os mandados de prisão havia um contra o traficante Nem, que seria o chefe do tráfico no local.
De acordo com a chefe de polícia Martha Rocha, no período da manhã foram encontrados  quase três toneladas maconha, 42 veículos, duas centrais clandestinas de TV a cabo, uma fábrica de CDs e DVDs piratas, produtos piratas apreendidos em um camelódromo, como roupas e tênis, além de eletrodomésticos. Pássaros silvestres também foram apreendidos. Segundo Fernando Veloso, foi preciso mais de 50 policiais para retirar toda a droga encontrada no que seria o maior depósito já encontrado pela polícia na comunidade. As investigações, de acordo com o delegado Rafael Willis, da Polinter, tiveram início há seis meses. Foram apreendidos também o equivalente a dois caminhões cheios de produtos piratas, entre eles, roupas e tênis.
Presos
Segundo o delegado, um dos presos foi encontrado no Rio Comprido, na Zona Norte, um outro foi preso quando se preparava para jogar uma granada na direção de policiais, além de um taxista. "Ele tem livre trânsito fora da comunidade, então é uma pessoa que passa despercebida. Quando o traficante precisava ir para alguma favela da mesma facção, eles utilizavam esse taxista e também quando precisavam levar armamento", explicou Willis.
O delegado reitera que o objetivo da polícia é enfraquecer e acabar com o tráfico na região. Além dos traficantes, a polícia faz buscas por parentes, pessoas de confiança dos traficantes e também investiga empresas legalizadas usadas para lavagem de dinheiro do tráfico.
"Nessa investigação a gente procurou pegar as pessoas ligadas ao tráfico de entorpecentes e de que forma elas atuavam para ajudar ao tráfico a se manter na comunidade. A gente descobriu que havia empresa em nome dessas pessoas, que não tinham patrimônio compatível com aquela atividade", disse Willis.

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