O deputado federal Marçal Filho (PMDB) enfatizou ontem que a
redução de 20% na tarifa de energia elétrica aprovada pela Câmara dos Deputados
é uma conquista do povo brasileiro, que soube cobrar dos seus representantes no
Congresso Nacional uma medida eficaz para reduzir a conta mensal de luz.
"É um contrasenso a nossa energia elétrica ter o custo mais elevado do
mundo uma vez que produzimos a energia mais barata do planeta que é a
hídrica", enfatiza Marçal. "Hoje, o custo da energia é o maior peso
no orçamento doméstico, empresarial e industrial, já que o fato de termos a
energia mais cara do planeta reflete diretamente na vida de todas as pessoas,
no setor produtivo e no desenvolvimento do próprio país", conclui.
Marçal Filho lembra que o elevado custo da energia elétrica de Mato
Grosso do Sul sempre esteve na pauta do mandato. "Como nossa energia é a
mais cara do Estado e o Brasil tem a tarifa mais elevada do
mundo, logo os sul-mato-grossenses pagam a conta de luz mais cara do
planeta", analisa o deputado. "Levei essa conclusão à CPI da
Energia instalada pela Câmara dos Deputados no mandato passado e fiz questão de
fazer constar no trabalho da comissão o relatório da CPI da Enersul, realizada
pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, que apontou justamente o
disparate da nossa tarifa", ressalta. "Espero, agora, que a venda da
Enersul não interfira neste processo de redução tarifária e vou acompanhar isso
de perto", enfatiza.
De acordo com todos os setores, de uma forma ou outra, sentem no bolso o
fato de o Brasil possuir uma das tarifas de energia elétrica mais caras do
planeta. "Essa realidade começará a mudar a partir da entrada em vigor as
regras da Medida Provisória número 579 que regulamenta as concessões de
geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, de forma que fico
imensamente feliz em ter votado favorável à aprovação da MP porque a iniciativa
da presidente Dilma promove a justiça social ao diminuir em 20% a conta de
energia das famílias brasileiras", ressalta.
Marçal Filho explica que com a mudança, uma família de baixa renda que
paga R$ 100 mensais de energia, passará a pagar R$ 80; quem paga R$ 200 passará
a pagar R$ 160 e quem paga R$ 300 passará a pagar R$ 240, num efeito dominó que
beneficiará as famílias e todo setor produtivo, mesmo porque as grandes
indústrias poderão ter redução de até 28,5% na conta de energia elétrica.
"Essa política da presidente Dilma Rousseff atende ao clamor da sociedade
brasileira, que carrega nas costas uma pesada carga tributária, mas atende
também parte dos deputados e senadores que têm ocupado a tribuna do Congresso
Nacional para reclamar do auto preço da energia elétrica em todo o
Brasil", argumenta.
O deputado enfatiza que essa também foi uma luta do mandato dele.
"Eu mesmo, por diversas vezes, discursei na Câmara dos Deputados alertando
para a necessidade de reduzir o excessivo número de impostos embutidos nas
contas de energia elétrica e, com isso, diminuir o valor da fatura que chega todos
os meses às famílias, empresas e indústrias",
explica.
Ele ressalta que essa redução de 20% na tarifa de energia poderia ser maior
caso o governo acabasse com metade dos impostos embutidos hoje na conta de
energia, onde o consumidor paga desde PIS e Cofins, até ICMS, Cosip e os
encargos setoriais como a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC); Encargo de
Capacidade de Emergência (ECE); Reserva Global de Reversão (RGR); Taxa de
Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica; Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE); Encargos de Serviços do Sistema (ESS); Pesquisa e
Desenvolvimento e Eficiência Energética; Operador Nacional do Sistema (ONS).
"Ao mesmo tempo em que o governo federal faz a parte dele,
desonerando os impostos sobre a energia elétrica, fico triste ao constatar que
a Prefeitura de Dourados, por meio do projeto de reformulação do Código
Tributário Municipal, reajustou de forma abusiva as taxas de fiscalização de
publicidade e de uso do solo, gerando ainda mais carga tributária para o
comércio, justamente o setor que mais gera empregos e divisas para o
município", observa. "A prefeitura caminha na contramão ao aumentar
impostos, quando todos os esforços são no sentido de reduzir a carga
tributária", finaliza Marçal Filho.
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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Energia mais barata é conquista do povo, afirma Marçal Filho
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