A onda de
descrédito que se voltou contra todos os partidos e políticos nas manifestações
de junho atingiu em cheio um dos mais importantes e tradicionais redutos
eleitorais do PT no país: a periferia de São Paulo. Pesquisas internas
realizadas antes e após os protestos de rua, entre o início de maio e o final
de junho, sinalizam uma queda da preferência do eleitorado pelo PT na
periferia em torno de 23%, com pequenas variações de uma região para
outra. Os números foram apresentados a líderes do partido no sábado (13),
durante reunião de diretórios regionais do programa Caravanas 2013. A
plenária contou com a presença do prefeito da capital paulista, Fernando
Haddad, e reuniu cerca de 600 pessoas. Uma das explicações para o
resultado, segundo a pesquisadora Marisol Recamán, que presta serviços ao PT, é
que os eleitores de periferia dependem mais da presença do Estado. "A
periferia, que tem um peso de 65% no total dos votos, é o setor da capital que
mais precisa de serviços públicos", disse. Na avaliação desse
eleitorado, continuou, o PT é o partido com melhores condições de atender a
essas demandas. Além da variação de 14% para 23% da rejeição desse
eleitorado, houve 92% de apoio das grandes massas de periferia aos protestos.
No entanto, Marisol ressalvou que os protestos não atingiram só o PT e que os
resultados da pesquisa não são irreversíveis
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