Um vídeo
muito triste mostrando crianças indígenas enterradas vivas na Amazônia está
causando comoção e revolta em redes sociais no Brasil. As imagens chocantes são
de um documentário cujo nome é ‘Hakani’, dirigido pelo autor David
Cunningham, filho criador do fundador de uma organização missionária dos
EUA, lançado em meados de 2008 nas cenas, um dos irmãos da vítima se revolta
e grita: “Eu cuido deles! Eu cuido deles!”, sem sucesso. Ainda utilizado por
volta de 20 etnias entre as mais de 200 do Brasil, infanticídio leva à morte
não apenas de gêmeos, mas também filhos de mães solteiras, crianças com
problema mental ou físico, ou doença não identificada pela tribo.
O tema já
gerou projetos de leis e muita polêmica em torno de saúde pública, cultura,
religião e legislação. Em 2004, o governo brasileiro promulgou, por meio
de decreto presidencial, a Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do
Trabalho), que determina que os povos indígenas e tribais “deverão ter o
direito de conservar seus costumes e instituições próprias, desde que não sejam
incompatíveis com os direitos fundamentais definidos pelo sistema jurídico
nacional nem com os direitos humanos internacionalmente reconhecidos”.
Entretanto,
em novembro do ano passado, o jornalista australiano, Paul Raffaele, que
participou de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do
Senado, denunciou a tolerância ao crime de infanticídio e omissão de socorro a
crianças expostas ao ato que ainda ocorre em tribos isoladas no território
brasileiro.
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