Desnutrição
e perda de competitividade Mas, para a FAO, focar no tipo de alimento a ser
consumido é tão importante quanto o problema do desperdício, já que a desnutrição
e as dietas mal balanceadas impõem altos custos para a sociedade, envolvendo
problemas que vão desde as altas despesas relacionadas aos cuidados com a saúde
até a perda de produtividade. “Uma em cada quatro crianças no mundo com menos
de cinco anos está abaixo do peso ideal”, informou a FAO em um relatório. Isso
significa que 165 milhões de crianças são tão desnutridas que nunca alcançarão
o máximo do seu potencial físico e cognitivo. Aproximadamente dois bilhões de
pessoas no mundo vivem com insuficiência de vitaminas e minerais essenciais
para uma boa saúde, enquanto 1,4 bilhão de pessoas estão acima do peso. As
crianças com atraso no crescimento podem estar mais suscetíveis ao risco de
desenvolver problemas de obesidade e doenças relacionadas à idade adulta, em um
ciclo preocupante de desnutrição. Das que estão acima do peso, “cerca de um
terço é de obesos e corre o risco de adquirir doença cardíaca coronária,
diabetes ou outros problemas de saúde”, informou a FAO. A agência pondera que,
apesar de acabar com a desnutrição em todo o mundo “ser um grande desafio, o
retorno deste investimento seria alto”. “Se a comunidade internacional
investisse US$ 1,2 bilhão por ano durante cinco anos para reduzir as
deficiências de micronutrientes, os resultados seriam traduzidos em mais saúde,
menos mortalidade infantil e aumento de ganhos futuros”, disse. “Isso geraria
ganhos anuais no valor de 15,3 bilhões de dólares”, acrescentou.
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