Os
trabalhadores que prestam o serviço de mototáxi há muito reivindicam a
regulamentação o setor em Itabuna, mas o projeto de lei enviado pela Prefeitura
ao legislativo municipal ainda não tem o formato que eles desejam. Simplesmente
porque é impossível ter.
A principal
queixa dos mototaxistas diz respeito à limitação que o projeto impõe ao
serviço, que somente poderá ser prestado por, no máximo, 700 profissionais. Com
alguma conversa, a Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito aceita
ampliar para 800, mas os mototaxistas querem 1.500.
A estimativa
é de que hoje em Itabuna existam cerca de 3 mil pessoas trabalhando no
mototáxi. Isso significa que um grande contingente deverá permanecer na
clandestinidade, já que o cobertor legal é curto.
Outras
exigências da lei implicarão na obrigatoriedade dos trabalhadores do mototáxi e
do motofrete terem que frequentar curso de requalificação, usar colete com
faixa refletiva, higienizar o capacete toda semana e fornecer touca higiênica
para o passageiro. A autorização dependerá também de um contrato de
seguro de vida.
Finalmente
(mas há outras restrições), a prestação do serviço é vedada a quem tiver dívida
com a justiça.
Tudo muito
plausível e correto e, diga-se de passagem, seria um despropósito se a Secretaria
de Trânsito liberasse o serviço sem atentar para critérios como segurança e
saúde dos usuários e dos próprios mototaxistas. Mas as exigências preocupam até
pelo fato de que se deixou esse serviço por muito tempo sem regulamentação
e funcionando de qualquer jeito na cidade. Organizar, depois de tanto
tempo, não será fácil.
Em tempo: o
projeto de lei que regulamenta o mototáxi será discutido em audiência pública
nesta quinta-feira, 3, a partir das 14 horas, na Câmara de Vereadores.
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quarta-feira, 2 de outubro de 2013
POLÊMICA SOBRE A LEI DO MOTOTÁXI
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