Um homem que estava em liberdade condicional há dois meses, sob a
acusação de homicídio, é suspeito de ter matado a sua companheira na noite de
quarta-feira (21), na cidade de Medeiros Neto, com um golpe de facoa -
instrumento utilizado no corte de cana.
O crime aconteceu, coincidentemente, no mesmo
local onde, em maio deste ano, Joel Mota Júnior, 30 anos, teria assassinado,
também com golpes de facoa, Manoel da Silva Pereira, 31 anos.
Junão, como é mais conhecido, de acordo com as
investigações desferiu um golpe que quase decepou o pescoço da vítima, Marinei
Cruz Silva, 46. A violência dos golpes arrancou dentes, mandíbula e língua da
mulher, que morreu na hora. A arma do crime, informou a polícia, foi encontrada
com ele.
Ninguém mata à toa
Ao explicar à reportagem o motivo de ter matado
a companheira, Joel Mota disse que "ninguém mata à toa e que sempre existe
um motivo para matar", e tentou justificar. "Eu gostava muito dela,
mas ela pegava muito em meu pé e não queria, por ciúmes, deixar eu ir pra roça
trabalhar. Ela era uma pessoa boa, mas quando bebia perdia a cabeça e, ontem
[dia do crime], ela me agrediu com tapas", declarou.
Joel é natural de Salvador, de onde saiu ainda
adolescente, e há oito anos mora em Medeiros Neto, para onde veio trabalhar no
corte de cana. Semianalfabeto, ele fala com desenvoltura e se descreveu como
uma pessoa violenta quando disse, involuntariamente, que matou a sua primeira
vítima porque "ele era carrasco também".
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