O traficante
Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, foi preso no início da
madrugada desta quinta-feira. Depois de anos no comando do tráfico da maior
favela da zona sul do Rio, onde impunha suas próprias leis, corrompia
policiais, torturava e assassinava inimigos, o criminoso foi capturado como um
rato, escondido no porta-malas do carro de um de seus advogados, na Lagoa, por
onde tentava fugir. O bandido foi levado para a sede da Polícia Federal (PF),
na zona portuária do Rio.
A prisão foi
feita por policiais militares do Batalhão de Choque (BPchoque), e teve momentos
de sorte – desta vez, para os policiais. Os PMs abordaram na Gávea, bairro
próximo à Rocinha, um Toyota Corolla preto, que consideraram suspeito. Apesar
da ordem dos policiais, o motorista, advogado de Nem, recusou-se a abrir o
porta-malas para que o veículo fosse revistado. Ele alegava ser “cônsul”, e
dizia que só permitiria a vistoria no veículo em uma delegacia.
Os
policiais, então, escoltaram o Corolla. No caminho para a delegacia, o
motorista afirmou aos policiais que tinha, em mãos, 30 mil reais para oferecer
aos policiais, para que eles não abrissem o porta-malas. Os PMs insistiram e
encontraram, no compartimento de bagagens, o bandido mais procurado o Rio.
A prisão de Nem põe fim a uma era marcada pelo poder paralelo na Rocinha. E
ocorre às vésperas de uma grande operação policial que pretende ocupar a
Rocinha para criar, na última favela da zona sul ainda controlada pelo tráfico
de drogas, uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário